Uma boa parte dos vendedores vive sob pressão, ansiosa e muito focada nos produtos e serviços que tem para vender, como se nada mais existisse ou importasse. O cliente é uma consequência do seu negócio e não o seu propósito. Dai que muitas das vezes a venda resulte em fracasso e por consequência ao desanimo, à frustração de não atingir as metas propostas, ao despedimento ou à saída voluntária, por achar que afinal não tem jeito para o negócio.
Imagine que hoje iniciava um novo projeto profissional como consultor de vendas, mas com uma diferença -
não lhe era dado a conhecer quais os produtos e/ou serviços que a empresa disponibilizava para o mercado,
ou seja, só teria acesso a essa informação, como por magia, após conhecer muito bem o cliente e fazer um
levantamento completo e minucioso sobre as suas necessidades. O seu sucesso dependia disso.
Sabemos que o vendedor tem que conhecer muito bem o produto ou serviço para ajudar o cliente a tomar a
decisão, mas o que se pretende com este relato é levar o leito a fazer um mero exercício de reflexão sobre
o comportamento de quem prioriza a relação com o cliente em detrimento da ansiedade da venda.
Qual seria o seu comportamento predominante junto do cliente?
- Estava mais preocupado a vender o produto/ serviço ou mais atento ao que o cliente tinha para lhe dizer?
- Perdia tempo a falar sobre si e sobre os seus produtos/ serviços ou dedicava mais do seu tempo a conhecer
melhor a pessoa que procura servir?
- Sentia mais a pressão da venda ou estava mais tranquilo a criar relação com o seu interlocutor mesmo
sabendo que não fazia a mínima ideia se teria o produto/serviço (pelo menos dessa vez) para melhor servir
quem procura servir?
Valia a pena pensar com responsabilidade nestas questões e avaliar o que tem a ganhar ou a perder com cada
cliente se partisse sobre completa ausência de preocupação.
Aja como se o produto/serviço só existisse após criar relação com quem procura servir e efetuar um
levantamento de necessidades pormenorizado. Até lá o produto não deverá existir na sua mente.
Remeta o produto/ serviço para segundo plano PORQUE o cliente compra a quem acredita e se interessa
genuinamente por ele.
Sinta-se motivado e confiante, pois sabe que não vai ajudar toda a gente, mas vai ajudar aqueles que
acreditam em si, que reconhecem o seu profissionalismo e competência e necessitam dos seus produtos/serviços.
Se fizer o que faz com paixão, ética e interesse genuíno por quem procura servir, um dia vai possuir uma
carteira de clientes que nunca julgou obter.
Não permita que a pressão e a ansiedade o controle. Vai se dar mal!
Não permita que o cliente se aperceba das suas fragilidades, você fica vulnerável e ele assume o controlo.
Vai se dar mal outra vez!
Viva tranquilo, porque um trabalho bem feito lá atrás germinará lá mais à frente. A pressão exagerada leva
ao desgaste físico e emocional e a longo prazo não traz resultados. O importante é ter um propósito forte
e uma visão do seu negócio a longo prazo bem definida. Se isso for construído diariamente resistirá à
satisfação de curto prazo. Esta última leva a resultados imediatos, mas não a resultados consistentes,
desejados e duradouros.
Lembre–se, a forma como o cliente o vê, afeta a forma como ele lhe trata, admira e respeita e por
consequência irá afetar o seu desempenho.