Devíamos aproveitar para aprender, mais uma vez, que não é difícil o ser humano alterar hábitos
e mudar comportamentos, com o propósito de melhorar a sua condição física, basta para isso que
a intensidade, a consistência e conteúdo da mensagem utilizada pelos meios de comunicação
sejam estrategicamente usadas com a mesma dimensão de mediatismo, alarme e medo, que a utilizada
durante a pandemia.
A frequência e facilidade com que as notícias transmitidas diariamente surgiam, sobre o aumento
do número de mortes em Portugal e no Mundo, obriga-nos a pensar ativamente nas consequências que
poderão ocorrer pela ausência de responsabilidade dos nossos atos. Ou seja, estamos mais
conscientes do perigo que corremos, quando é dada cobertura mediática a um acontecimento. A nossa
mente está mais preparada para fugir da dor e não para alcançar prazer, por isso só reagimos quando
sentimos perigo. Sem cobertura mediática dos acontecimentos o ser humano vive alienado de si
e de todos.
Então como poderíamos poupar milhões na saúde e viver mais e melhor? Tomando consciência,
mesmo que forçada, que a falta de atenção sobre aquilo que existe de mais precioso – a
Saúde – causa graves consequências à espécie humana.
Imaginem quantas vidas se poupariam se no final de cada dia a comunicação social, alocasse
tempo de antena em horário nobre para elencar o número de mortes causadas pelo stress, tabaco
e obesidade? O covid continuava a ser importante, mas deixava de ser notícia.
O ser humano está a morrer lentamente sem ter consciência disso.
Valia a pena pensar nisto!